20 dezembro 2006

vale o que vale

Your Personality Is

Rational (NT)


You are both logical and creative. You are full of ideas.
You are so rational that you analyze everything. This drives people a little crazy!

Intelligence is important to you. You always like to be around smart people.
In fact, you're often a little short with people who don't impress you mentally.

You seem distant to some - but it's usually because you're deep in thought.
Those who understand you best are fellow Rationals.

In love, you tend to approach things with logic. You seek a compatible mate - who is also very intelligent.

At work, you tend to gravitate toward idea building careers - like programming, medicine, or academia.

With others, you are very honest and direct. People often can't take your criticism well.

As far as your looks go, you're coasting on what you were born with. You think fashion is silly.

On weekends, you spend most of your time thinking, experimenting with new ideas, or learning new things.

Mana

A minha irmã virou costas a Portugal e foi para os frios de outro lado.
Eu quase nunca falo com ela, sou desnaturada, mas ela sabe e está habituada.
A minha irmã é ELA.
E hoje vi esta BOA NOTICIA
Será que me vai querer ver?

06 dezembro 2006

05 dezembro 2006

Amanhã

é um dia especial para duas novas amigas.
Uma vai tentar perceber porque é que está a demorar ser mãe.
A outra vai estar a rezar por uma nova vida, para que resista.
Para e por elas rezo sem o saber fazer. Por elas tento enviar pensamentos positivos, sem saber como.

04 dezembro 2006

e já

lá vai uns tempos, vou passar por cima das (des)necessárias desculpas por falta de tempo.
Mas estou prestes a dar um novo rumo à vida. A ter mais tempo, a saber organizar-me melhor. A tentar ser uma mulher/mãe/ e afins sem traumas. Eu sei que é impossível, mas vou tentar, o que também é digno de admiração, pelo menos vale o esforço.
Com os dias como estão, nem vejo a minha filha. Não vale mesmo a pena sujeitá-la aos meus horários doidos. Vai ficando com os avós. E noto que ela já sente a falta, a minha falta. E eu sinto tanto

24 outubro 2006

2 semanas

depois, apareço aqui para dizer que estou viva e de boa saúde.
Tenho os dias completos e as noites cheias de cansaço. A maior parte dos dias nem vejo a minha filha. Vão-se avolumando as (des)culpas de mãe ausente.
Procuro uma casa mais perto do(s) emprego(s). Procuro a qualidade de vida e cada vez que estou em minha casa, acho que só pode ser ali. Com o campo. Com os Vizinhos. Com aquela casa.
Procuro justificações em mim e para mim. Estou mais tempo com ela. Transmito estas supostas certezas a ele. Para ele se convencer que acredito mesmo nas razões de mudarmos para a cidade cinzenta.
Canso-me a justificar. Justifico-me com o cansaço. Esgoto as caixas de Kompensam para me ajudar a digerir o cansaço.
Mas estou bem. Muito bem. Prefiro isto a estar na casa que adoro com os dias a escorrerem pelos dedos. Isso não.

14 outubro 2006

só para dizer

que o blog não morreu, eu estou definitivamente sem tempo para cá vir. Nem sequer tenho ido aos outros blogs. Tenho por cuscar as férias alheias. Ver as fotos...pois há já imenso tempo.
Por outro lado, esta coisa de blog só tem sentido se for actualizado diariamente, ou vá, dia sim, dia não.
Mas não, desta vez não tenho vontade de acabar com isto. Tenho, sim, vontade de ter tempo para isto. Tenho tanto para dizer...

17 agosto 2006

quase

Sem saber, olhei para o céu e vi-te. Quase que te senti. Quase.
E é nestas alturas que me perco por ficar tão perto.

11 agosto 2006

Reformular

Falta-me coragem.
Se calhar não.
Falta-me convicção. Antes assim.
Falta-me convicção para me fazer perceber.
Para tu perceberes e acatares que o que digo é mesmo a sério.
Falta-me convicção naquilo que digo
e sinto.

Hinos...

No meio das conquistas, de disputas de fronteiras, imposições de crenças ou religiões, terrorismos e guerras, vem-me à memória a música batida:

Os Hinos

Os hinos são frutos perversos
crescendo no ramo dos versos
roubando o vento e a luz à folha
os hinos cegam quem os olha

Adoradores de sangue, sempre
os hinos bebem quem os cumpre
quantos sentidos tem a palavra
que o hino tomou por escrava

Beijou-me bem, matou-se a esmo
e o hino é sempre o mesmo
sempre o mesmo
beijou-me forte, matou-se feio
e o hino sempre de permeio

Choro por mim aos pés da forca
e o hino fala-me da dor que há
maior que a minha, melhor que a vida
e a morte vem despercebida

E se houver quem desta paz se farte
irmãos, irmãos, hinos à parte
lá vêm músicos, lá vêm letristas
divulgarão novas conquistas

Beijou-me bem, matou-se a esmo
e o hino é sempre o mesmo
sempre o mesmo
beijou-me forte, matou-se feio
e o hino sempre de permeio

Se cada igreja tem o seu sinos
e cada patria tem o seu hino
que fazem dentro das sepulturas
versos e sons e partituras?

Épicos de todo o mundo, uni-vos
fazei dos hinos pregões vivos
fazei dos hinos perdões aceites
em cama onde não durmas não te deites

Beijou-me bem, matou-se a esmo
e o hino é sempre o mesmo
sempre o mesmo
beijou-me forte, matou-se feio
e o hino sempre de permeio

09 agosto 2006

...




take the which pearl jam song are you? quiz, a product of the pearljammers community.

the lyrics:

vacate is the word...vengeance has no place so near to her

cannot find the comfort in this world

artificial tear...vessel stabbed...next up, volunteers

vulnerable, wisdom can't adhere...

a truant finds home...and a wish to hold on...

but there's a trapdoor in the sun...immortality...

as privileged as a whore...victims in demand for public show

swept out through the cracks beneath the door

holier than thou, how?

surrendered...executed anyhow

scrawl dissolved, cigar box on the floor...

a truant finds home...and a wish to hold on too...

he saw the trapdoor in the sun...

immortality...

i cannot stop the thought...i'm running in the dark...

coming up a which way sign...all good truants must decide...

oh, stripped and sold, mom...auctioned forearm...

and whiskers in the sink...

truants move on...cannot stay long

some die just to live...

ohh...

Há dias assim

em que o calor se apodera de mim.
Os pensamentos são lentos, vagarosos, como os meus pés: inchados. Levam-me para recantos escuros, na esperança de uma sombra fresca. A maioria das vezes a sombra é tão sombria e desconfortável que nem me lembro como lá cheguei.
Há dias assim. Há dias que ando assim. Arrasto-me pelas ruas, engulo sentimentos, bebo o sono em chávenas de café escaldadas. Mato a sede com água morna.
Há dias assim, há tantos dias assim.

07 agosto 2006

confesso

comi um enorme fatia de bolo de chocolate

voltas

Às vezes rodopio em mim. Fico cansada de me tentar explicar (a mim). Fico farta de me explicar aos outros. Às vezes rodopio em mim e não encontro bússola que me valha. e tantas vezes parece não haver (mais nenhum) caminho.

04 agosto 2006

voltei

das férias esta semana. Não é aconselhável fazer uma festa no sábado, arrumar no domingo, rumar a casa e vir trabalhar na segunda-feira....
A Carocas fez dois anos. DOIS! Está grande, cada vez menos bebé cada vez mais menina. A comemoração foi feita no próprio dia de anos (25 de Julho)com pouca gente (nós e os meus pais) cantou-se os parabéns e abriu-se (muitos) presentes. Mas no sábado estendeu-se à família toda e amigos. Foi na casa de fim-de-semana-férias dos avós. Acho que correu bem, pelo menos os miúdos estavam a delirar com a possibilidade de ar livre.
A mim abraçou-me o cansaço e sei que o mês de Agosto vai apertar ainda mais: a senhora menina-que-faz-umas-horas-lá-em-casa foi de férias. Volta em Setembro, diz ela. Duvido, digo eu. Espero que ácaros, pós, manchas no chão, baba e pêlo de cão, também possam ir com a senhora. Mas desconfio que não.

13 julho 2006

tenho

andada avessa a estas coisas das palavras no blog. É resultado de um misto de falta de tempo e de falta de vontade, confesso.
Estas duas semanas que se seguem não vou poder escrever aqui. Vou de férias, ou melhor, a segunda parte das férias.

20 junho 2006

se

pudesse acabava com as parvoíces que tantas vezes vejo neste meu local de trabalho.
Acabava com caras feias de má vontade, com gente de ideias pequenas, engelhadas e bafientas.
Há dias em que acho que há tanta gente a ocupar os lugares de quem quer trabalhar.
Há pessoas que passam pela vida rabugentas , não conseguem ser simpáticas com ninguém. Há pessoas assim e a mim custa-me falar com elas.
Há dias em que sinto que tenho que me impor mais. Há dias em que tenho mostrar quem manda. Devia chamar a atenção desta e daquela. Devia dar dois berros a uma, andar de cara feia para outra, tirar o tapete de quem se acha rainha e senhora. Mas não consigo, não sou capaz. Em vez disso procuro levar tudo sem stresses, sem exigências em demasia.
Normalmente quem fica pendurada sou eu. Mas o ambiente é bom e não há conflitos entre as colegas. Eu é que tenho as úlceras. Eu é que respondo perante terceiros e sou eu que sou zelo pela harmonia entre as meninas. Sou eu que recebo o mesmo que os outros.
Não se enganem, é fácil trabalhar aqui. É fácil trabalhar com estas pessoas. Não é fácil é ser eu.

há dias

em que acordo com preguiça de mim.

09 junho 2006

Roubo, Plágio descarado:

Nas minhas voltas por blogues e a propósito deste texto.
Encontrei o comentário que subscrevo:

Nascidos antes de 1986
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

Esta mensagem é para aqueles que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem".
Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós.
Isto meus amigos é surpreendentemente medonho ... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios:
A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...chamam-se jovens. Nunca ouviram "we are the world" e uptown girl conhecem de westlife e não Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.
Para eles sempre houve uma Alemanha, um Vietname e um 25 de Abril.
A SIDA sempre existiu.
Os CD's sempre existiram.
O Michael Jackson sempre foi branco.
Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança.
Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado.
Não conseguem imaginar a vida sem computadores.
Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Calor ou talvez não

Não sei se será do calor, se é mesmo preguiça.
Mas ultimamente passo a vida a copiar palavras alheias.....

01 junho 2006

hoje é o dia deles

das crianças. Dos Putos.

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pa
iÉ a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

José Carlos Ary dos Santos

31 maio 2006

hoje

o dia ainda não chegou ao fim e eu estou mesmo muito farta e cansada.
publicado por Das Dores às 15:24

tenho

as unhas pintadas de vermelho escuro, cereja, bordeaux , ou lá como quiserem chamar. Tenho 33 anos e unhas à gaija pela primeira vez

26 maio 2006

Alguém

disse isto e eu concordo.

Miró

é o que ela é. Ontem, ao jantar, de bloco A4 em punho, caneta na outra m ão . Faz desenhos. Já tem a no ão de que cada rabisco é um desenho. Faz ent ão vários, em lugares distintos da página. E eu digo, agora a Carocas vai fazer um c ão . Olha para mim, faz um sorriso maroto, pega na caneta: rabisca. No fim, dedo indicador em cima do desenho: ão !!!!". A partir daqui fez tudo. Quando lhe pedi o noddy , ela também o fez, mas demorou mais tempo, foi mais elaborado que as flores, mémés , meninas, sopas desenhadas em 6 folhas diferentes. A partir de determinada altura passou a desenhar mamãs....muitas.
e eu babada, claro

15 março 2006

Dois em Um – Estar grávida

Ter cá dentro um ser. Senti-lo mexer. Pensar na cor do cabelo, no rosto, no sorriso, na voz, na personalidade. Pensar se vamos estar à altura. Esquecer as medidas correctas. É a única vez na vida que se anseia por uma barriga visível: espetar orgulhosamente a barriga! E depois, no médico, ouvir o coração, perceber que aquilo que aparece no écran é uma mão, um pé, o rosto: vai ter o meu nariz.
Estar grávida. É falar literalmente para o umbigo (e saber que tudo gira à volta dele). É ser vista pelas outras mães com outros olhos, com outras palavras. É ouvir milhentas vezes: que venha com saúde e que seja uma hora pequena. É as outras mães darem a senha de entrada para um clube restrito.
Estar grávida é perceber o que só as mães sabem. Mesmo as que o são sem nunca engravidarem. Estar grávida é um estado de alma que se pode traduzir (ou não) num estado do corpo.
Estar grávida é querer desfrutar cada momento, cada segundo e, ao mesmo tempo, ansiar pelo fim, que será sempre o início. É ser dois em um, ou melhor, é estar dois em um, esperando ansiosamente até ao dia em que seremos finalmente dois. Para depois termos outras esperanças.


Não, não estou grávida. Este é um texto recuperado de há uns tempos atrás feito a pedido de um amigo/primo/pintor

09 março 2006

um dia

acordei e lembrei-me de ti. Das nossas coisas. Do nosso passado.
Um dia acordei e vi que envelheci
Um dia como os outros
Com as nuvens que já não são as nossas.
Mas que agora são as minhas.
Há dias carregados delas
E dias sem nenhuma
e dias que são noites
e tantas noites que foram dias
Um dia acordei e lembrei-me de ti
de todas as injustiças que cometi
de toda a compreensão que não tive
Das desculpas que não pedi
Um dia acordei e lembrei-me
que só percebi tudo isto
agora que também tenho uma filha

27 fevereiro 2006

A propósito

do post anterior lembrei-me desta música do Sérgio Godinho com Letra do Chico Buarque:

Um tempo que passou

Vou
uma vez mais
correr atrásde todo o meu tempo perdido
quem sabe, está guardado
num relógio escondido por quem
nem avalia o tempo que tem

Ou
alguém o achou
examinou
julgou um tempo sem sentido
quem sabe, foi usado
e está arrependido o ladrão
que andou vivendo com meu quinhão

Ou dorme num arquivo
um pedaço de vida
a vida, a vida que eu não gozei
eu não respirei
eu não existia

Mas eu estava vivo
vivo, vivo
o tempo escorreu
o tempo era meu
e apenas queria
haver de volta
cada minuto que passou sem mim

Sim
encontro enfim
iguais a mim
outras pessoas aturdidas
descubro que são muitas
as horas dessas vidas que estão
talvez postas em grande leilão

São
mais de um milhão
uma legião
um carrilhão de horas vivas
quem sabe, dobram juntas
as dores colectivas, quiçá
no canto mais pungente que há

Ou dançam numa torre
as nossas sobrevidas
vidas, vidas
a se encantar
a se combinar
em vidas futuras

Enquanto o vinho corre, corre, corre
morrem de rir
mas morrem de rir
naquelas alturas
pois sabem que não volta jamais
um tempo que passou

(Ou dançam numa torre...)

(Enquanto o vinho corre, corre, corre...)

Esta canção foi escrita a pensar nos tempos em que se está preso, recluso.....e eu nunca estive presa, nem a memórias...e ainda bem!

Carnaval

Há uns anos o meu Carnaval tinha um cheiro diferente. Eu tenho uma memória olfactiva e o Carnaval cheirava-me sempre a roupa guardada. O meu Carnaval cheirava a um misto de roupa guardada e a maquilhagem, cremes, sabor a batom na boca.
Todos os anos havia festa na escola e outras festas fora da escola.
Era uma agitação com os preparativos. Havia máscaras temáticas pelo grupo, mas também surpresas de última hora. Improvisos com creme nívea a fazer de gel/espuma modeladora no cabelo.
Gravatas e camisas do pai, coletes do avô. Ou então a bijutaria da mãe era sujeita a uma análise quase científica. O roupeiro dela também. Os sapatos sempre foram os meus, pois cedo ultrapassei os números pequenos das mulheres da família.
As festas eram em garagens, caves e adegas de casas de amigos devidamente decoradas para o efeito (leia-se carregadas de serpentinas e algumas máscaras nas paredes). Os amigos eram dos meus pais, e fazia-se grupos enormes com primos e amigos dos amigos. Iam vários carros, encontro marcado em casa dos meus pais para terminarem de se mascarar. Claro que as jovens adolescentes, como eu, iam para as festas dos velhotes porque iam também outras filhas e filhos de outros velhotes, amigos dos pais.
O meu Carnaval cheirava a cremes e maquilhagem e a roupa guardada. E significava quase sempre passar frio até começar a dançar (muito).
Com o tempo e a “emancipação” deixei-me dessas coisas, não só porque podia parecer totó por me divertir em festas com os meus cotas, mas também porque realmente conseguia encontrar outras coisas mais “giras” para fazer.
Hoje em dia não me parece que achasse lá muita piada a estas festas. Não me vejo a mascarar e a beber coca-cola numa garagem ou adega e muito menos a dançar: oh meu amigo charlie, oh meu amigo charlie brown…. Bom, agora que falo nisso….não sei....
Mas tenho saudades dos cheiros. Ok, provavelmente não será tanto do cheiro a mofo ou mesmo das “grandiosas” festas, mas da altura, da fase da minha vida, do tempo que passou.

23 fevereiro 2006

Problemas de Expressão,

Ou porque é que esta música está comigo desde que acordei?

Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.


Letra de Carlos Tê.

14 fevereiro 2006

Dia dos Namorados II

Roubei descaradamente de um outro blog. Mas espero comemorar assim um dia dos namorados contigo.....
(não esperavas por esta?)

Dia dos Namorados

Nunca liguei muito a estas comemorações impostas.
Mas lá lhe comprei um presente. Apesar dos pesares até reconheço que merece....vá lá e também enviei um postalzito electrónico....Isto claro após o respectivo ter feito a surpresa e me ter convidado para almoçar num horário de almoço pouco convencional.

No meio

destes dias de tanto trabalho descubro gente interessante. Colegas novos com experiências engraçadas. Estou neste novo trabalho há muito pouco tempo, no entanto parece que já aqui estou há muito tempo. Já se criaram cumplicidades, private jokes e no entanto vai só fazer 4 meses que aqui estou. Por outro lado já desenvolvi, criei e implementei muitas coisas. Provavelmente o mesmo trabalho que num ano fiz num outro sítio. Faz bem. Sinto-me bem.
Claro que me queixo, ora bolas, não fosse eu portuguesa, não fosse eu lamurias, não fosse eu complicada das ideias....mas faz-me bem trabalhar. Ainda não sei se dá saúde, mas lá que entretém....

31 janeiro 2006

Se Cá Nevasse

Fazia-se Cá Ski....

Sim

Continuo à espera.

ela

Ela

Sem nexo

Sem nexo. Sem palavras. No silêncio da solidão outros carros poluem as estradas.
Outros comboios cantam na estação. Outros aviões amainam sonhos. Outros barcos encalham à porta dos cais.
Sem nexo. Sem palavras. Outras vidas saltam para as nossas. Outras gentes. Outros olhares. Outras mãos.
Sempre as palavras. Sempre as mesmas palavras e nunca a companhia na escuridão.

27 janeiro 2006

tá bem tá

Sem comentários:

23 janeiro 2006

Sem

tempo para escrever e tantas palavras à volta na minha cabeça.
Tantas que me atropelam quando tento escrever o que tem que ser escrito: as pompas e circunstâncias do trabalho sem criatividade. Das minutas das informações de serviço, dos memorandos sem memória. Dos textos de e-mail que servem para dizer: se faz favori abram o anexo. Muitos sem outros assuntos de momento, atentamentes e afins que sempre me atrapalharam, reduziram e me deixaram fora de mim.
Tantas palavras e sem nada para expressar. Agora tenho uma nova bengala: atente-se. É feia e formal o suficiente para produzir admiração nos leitores hierárquicos.
à vossa consideração....

Com dores de cabeça

estou cheia delas. Não, não tem a ver com as eleições que essas já se estava à espera. Ganhou o Cavaco e ganhou o Sócrates. Acho que a bem dizer ficámos na mesma. Dois homens-robots sem emoção no olhar. Demasiadamente estudados. Demasiadamente controlados. Demasiadamente artificiais.
E os portugueses demasiadamente sem saídas, nem as de emergência

13 janeiro 2006

Solidão

Definição de Solidão por Chico Buarque, numa entrevista:

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes. para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...

SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."

11 janeiro 2006

As time goes by

Quando penso nela ainda é um bébe de pouco meses. Às vezes observo-a e vejo que está grande. Uma menina cheia de caracois. O tempo passa mesmo a correr. Vamos dando de mamar, começamos a dar as sopas e papas e depois já come o mesmo que nós. Descobre as batatas fritas. E no meio das rotinas nem damos pelo tempo passar. Dias iguais, mas com a menina sempre a evoluir, a encontrar novos caminhos, a revelar novas descobertas. Quando percebemos e paramos um pouco para olhar, pensamos: mas como é que já passou tanto tempo? Como é que eu não consegui absorver todos os minutos e dar a tal qualidade ao tempo com ela?
Ontem quando a tirava no banho embalei-a, com ela a olhar-se ao espelho, como fazia quando era um bebé. Cantei-lhe bebé da mamã....bebé da mamã. Deliciou-se ela e eu.
Hoje de manhã ao acordar segredei-lhe a mesma lenga-lenga. Pediu colo e encostou-se para ser embalada ao som do bebé da mamã. Estou a trabalhar com um coração XXL

10 janeiro 2006

Leio

algumas coisas antigas. Não tenho saudades do tempo que passou. Este blog foi criado para me fazer companhia numa altura em que me sentia muito só. Actualmente, não tenho tempo para me dedicar como devia. Falta-me o tempo e faltam-me as palavras.
Tenho dois drafts que por uma razão ou por outra não consigo (quero) publicar. Mas ainda me faz companhia, apesar das ameaças de fim. Apesar dos (meus) pesares. Ainda aqui está(ou)

Gaga

Eu sempre fui um pouquinho gaga....não sabia que também era nas novas tecnologias...

02 janeiro 2006

e lá foi

2005 para onde devia ir. Já foi tarde porque demorou mais um segundo que os outros. Diz que a culpa é da rotação da terra que está mais lenta... Não sei dizer que eu não sou de intrigas.