09 maio 2007

no fim

ou no princípio.
Apesar de não quereres saber, há sempre um fim, que é sempre um princípio. De nada, ou melhor: de medos, incertezas e futuros. Conjugações, previsões, aspirações e suposições.
No fim há sempre o principio…..nem que mais não seja de reinventar a vida.
De pegar nos restos e juntar, mais uma vez, um a um, os cacos. Os sacos. Cheios de restos de vida que agora já não é, e não vai ser nunca igual.
Depois há as caixas de papel. Novas. Que serviram a outros e nos foram dadas. Na da televisão vão os livros. Na caixa do aspirador vão os sapatos. E vamos andando assim na vida. Caixas, sacos…empacotamos tudo. Empacotamos sentimentos para mais tarde os reabrirmos. Deixarmos brotar para outros espaços. Subirem outras escadas, calçarem outros corações. Abre as caixas, abre os sacos e espalha os teus retalhos de vida noutras paredes de outras cores.

Dores e cores noutras moradas, a tentar ir mais longe e ser mais feliz.

O fim de tudo é o recomeço. Como diz o outro: