17 abril 2009

hoje

acordei com isto na cabeça:

Clandestino, Deolinda

a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa,
a nossa vida foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
e à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino

3 comentários:

Anónimo disse...

Reencontrei-te, meu amor!
Beijos da tua sardinha

Anónimo disse...

e quem não quer um amor clandestino???? espero é que sem guarda...
voltaste em força

MF disse...

Sardinha, espero tantos comentários teus...