05 setembro 2005

Estava farta de pedir uma ajuda aos outros por meias palavras.
Alguns dos outros até a ouviam. Mas mais uma vez não perceberam. Nem podiam, ela disfarçava mesmo bem.
Só havia uma pessoa que a prendia à realidade. E não era por palavras, mas por gestos, sorrisos e carinhos.
Estava novamente no limbo, mas desta vez tinha dito. E a frase que ouviu foi um aguenta aí.
Ela aguentou. Até não poder mais. Foi aguentado tudo. Mentiu a ela própria, mas sabia, sabia tão bem que nunca iria ter paz, que iria sempre ser um fardo.
Uma coisa pesada na vida das pessoas. De todas as pessoas que aparecessem perto dela, da vida dela.
Nunca um verão lhe parecera tão escuro e longo. Pouco mais tinha para descobrir, pouco mais queria descobrir.
E já estava tão cansada. Faltava-lhe a coragem para dizer a tal palavra: A-Deus!

1 comentário:

Anónimo disse...
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