30 novembro 2005

Bem...

eu tenho realmente 32......pronto, dava para grandes comentários e isso, mas não me apetece...

You Are 32 Years Old

Under 12: You are a kid at heart. You still have an optimistic life view - and you look at the world with awe.

13-19: You are a teenager at heart. You question authority and are still trying to find your place in this world.

20-29: You are a twentysomething at heart. You feel excited about what's to come... love, work, and new experiences.

30-39: You are a thirtysomething at heart. You've had a taste of success and true love, but you want more!

40+: You are a mature adult. You've been through most of the ups and downs of life already. Now you get to sit back and relax.

bacalhau

à brás com água foi o almoço. O bacalhau estava tão seco e "unidos venceremos" que quando espetei o garfo, veio tudo o que estava no prato, redondo, espalmado...parecia uma base para tachos. Não se deve aquecer bacalhau no micro-ondas.
Resultado: não fiquei melhor. Continuo virada do avesso...

coisinhas minhas

eu sei que não sou a melhor das pessoas. Mas hoje acordei com uma vontade de não aturar ninguém que até a mim me mete impressão...
até as choraminguices dela me enervavam hoje de manhã.
no pequeno almoço as conversas de sempre. Não tenho pachorra para a intriga e o diz-que-disse, não tenho mesmo.
E para ver se me passa, hoje ao almoço vou comer bitoque com coca-cola e um café.

Porque sou assim

Porque este blog também é assim...



Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar
O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dele
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.

(Jorge Palma)

25 novembro 2005

Faz de conta que isto não é um post

Muito baixinho e devagarinho, e faz de conta que isto não é um post
(não me ia perdoar...)

O Pintor vai mostrar as novas obras, Ricardo Passos é o nome do pintor, Mater é o nome da exposição.
Amanhã dia 26 de Novembro vai ser a inauguração da exposição na Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe, Sta. Iria de Azóia. Vai estar patente ao público até dia 17 de Dezembro. Venham ver. Venham ver!





Como chegar lá:

21 novembro 2005

Adenda

Depois de ler alguns comentários, resolvi colocar só mais este post.
O título do post anterior já diz a razão: porque sim....como sei que é uma resposta enervante, passo a explicar:

Escrevi desde sempre. Desde que soube escrever. Este blog foi criado numa altura em que sentia que precisava escrever sobre algumas dores e cores. Acabou por ser só quase das dores e com poucas cores. Comecei a perceber que muitas vezes as dores que escrevia aqui eram interpretadas por alguns como grandes problemas. E não o eram. Comecei a pensar que raio de pessoa estava a mostrar. Eu não sou aquela do blog, pensava. Depois, com o tempo, fui subvertendo o espírito inicial do blog. Já não queria escrever as minhas dores por saber quem me lia. Para não dar ideias de depressões e afins. Para não me expôr em demasia.
O blog tal como está já não faz muito sentido. Ou era um fiel depositário de pensamentos e sentimentos anónimos ou era um diário. Parece que sozinho, o blog, tomou novos rumos, novas vidas. Não me parece bem que este blog tenha ganho vida própria à revelia da dona. Por isso fico por aqui.
Não digo que não volte a blogar (desta vez sem divulgar muito...) ou melhor, quem sabe se já não tenho um outro perdido por aí para além deste da Carocas, claro!
Este já não vai para a frente.
Muito obrigada a quem me leu...
Vou deixar aqui uma lista de outros blogs que leio. Vou passando para actualizar essa lista de gente que vale a pena ler. o meu blog acho que não valia a pena ser lido.

Porque sim

Vou continuar com as minhas dores e cores. Mas desta vez só para mim. Não as vou partilhar com mais ninguém. Ou quem sabe até vou. Num outro blog, num outro formato. Mais incógnita. Ainda não sei.

Porque já não faz sentido. Este é o último post.

18 novembro 2005

Música na minha cabeça

A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
Até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia
"ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste

A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos

A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"

(Sérgio Godinho - A Noite Passada - In Pré-Histórias, 1972)

17 novembro 2005

eu tenho coisas...

Há por aí blogs que nem sei. Há gente que se acha muito cool, muito acima da média, muito diferente. Depois, vê-se que adoram criticar os outros, ou pela roupa que vestem ou por palavras que foram escritas. Há gente que se acha dona da verdade absoluta e na ânsia de ser diferente, especial e "intelectual da bugalhinha" tornam-se as piores das pessoas: intolerantes e cheias de preconceitos. Escrevem o que querem no blog que é só seu, e claro que têm esse direito, ora bolas, só lê quem quer. Por outro lado têm que ler alguns comentários menos agradáveis e ficam aborrecidas quando não são só amens. Lá está: quem anda à chuva molha-se.....Tenho por norma não fazer comentários desagradáveis. Penso apenas: esta gaija é mesmo parva e vou à minha vida. Descobri agora que sou masoquista e que muitas vezes vou lá espreitar aquela gaija parva....eu tenho coisas que valha-me deus.

( Até podia fazer uns links por outros, mas como acho que cada um tem o direito de blogar à vontade.... Deixá-las estar. )

Gosto

de estar a trabalhar aqui. Há cerca de 3 anos que não me sentia assim. Motivada. Com ganas. Hoje ouvi uma coisa que me soube tão bem...Sei que aceitei um desafio. Um bom desafio. Sei que vou ter dificuldades das grandes. Muitos entraves, já me avisaram. Já me disseram que não é comigo, mas com quem manda mais, que gostam de mim.
E hoje quem manda chamou-me, não para me dar mais trabalho, mas para me dar conforto e incentivos. E fiquei sem graça, sem jeito.
Podem não acreditar, mas ao fim de três anos de vida profissional a desandar...soube bem! As minhas eternas inseguranças, os meus medos não desaparecem, mas levam um valente chega para lá. E sabem que mais: estou feliz.

(vivam as cores da vida, mesmo neste dia frio e cinzento....)

Em Roma....

You Belong in Rome

You're a big city girl with a small town heart
Which is why you're attracted to the romance of Rome
Strolling down picture perfect streets, cappuccino in hand
And gorgeous Italian men - could life get any better?

16 novembro 2005

Desabafo caseiro

Gosto da minha casa e do sítio onde moro. Quando estive desempregada gastei muita saliva a dizer que aquilo era uma pasmaceira. E era, relamente. É uma aldeia, com uma única mercearia e com muitos cafés para a população residente.
A minha casa é longe do meu emprego, da casa dos meus país e da casa dos meus sogros. Todos os dias faço a ponte Vasco da Gama. Todos os dias pago 2 € de portagem. A minha filha fica com a minha mãe, torna-se muito cansativo e perde-se muito tempo. Razões que nos levaram a pensar trocar de casa. Encontrámos uma, perto dos meus país, mais velha que a minha, mais cara e mais feia. As áreas são melhores e o que torna a casa feia é disfarçado com obras de pouca monta.
Tenho pena de mudar. Onde moro há campo, há rebanhos, há relva, há pássaros (para além dos pombos) há calma, muita. Era o sítio ideal para a Carocas brincar. Tem espaço.
Mas fazendo as contas, não sei se compensa o dinheiro em gasolina, portagens e desgaste de carro e claro, o tempo, as horas. Porque só ao fim-de-semana é que estamos em casa (quando estamos). Não usufruímos da casa, nem do sítio. De semana chegamos sempre perto das 8 da noite. Acabo por não estar com a minha filha tempo nenhum de qualidade. Na outra possível casa, demoro 15 minutos a chegar ao emprego. Agora, levanto-me às 6:45 e chego ao emprego sempre depois das 9.
Vou ter saudades da minha casa, se mudar. Vou ter saudades dos vizinhos. Mas se calhar tenho o meu dia-a-dia facilitado e mais umas horinhas de filha só para mim.

14 novembro 2005

Passei

o fim de semana em casa. Internada. A ver se curávamos as constipações, fruto da época. Fiquei contente: eu e a filha estamos quase boas. Agora está o pai a tossir. Já há rachas na parede devido aos ataques de tosse.
Por falar em fruto da época, comprei castanhas para nós os 2. Acabei por comê-las só eu. Aprendi que não sei fazer castanhas assadas no micro-ondas, e que apesar da gravidez, os meus dentes são rijos que se fartam. Aprendi que as castanhas cozidas ficam boas com: erva doce, pau de canela, sal e açucar (água também convém).
Fiquei contente: consegui arrumar a roupa de verão e pôr a uso a de Inverno.
A minha filha está quase a falar.

Podia dizer

que estou com humor de cão. Mas isso já toda gente sabe, é segunda-feira

Podia dizer

que está frio. Mas isso já toda a gente sabe ou sentiu.

11 novembro 2005

As castanhas

estão caras...5 € o kg....pelo amor da santa

Tenho

que cortar o cabelo. Está estupidamente comprido. E tenho que voltar a ser loira...é que dá mesmo jeito. Agora estou loira só nas pontas. E às vezes nem isso, porque o cabelo não tem ponta por onde se pegue. Desconfio eu que se voltar à loirice me dão menos trabalho. Acaba por ser um investimento duplo, este. Depois quero ver ao pormenor as fotos da nova princesa espanhola. Só no cabeleireiro (ou no dentista, mas esse não me corta o cabelo). Preciso mesmo deste investimento duplo.

09 novembro 2005

Racismo

Hoje no meu cafézinho da manhã (já está instituído e já vou com as colegas num instantinho ao café), dizia eu, então que a conversa de hoje foi sobre o racismo. Ou melhor foi racista. Foi o racismo.
Fiquei a saber os "pretos" são do pior que há. Que os que vivem em Portugal têm muitos filhos porque vão-se vingar dos portugueses: "Um dia vai ser tudo nosso e aí é que eles vão ver". Esta frase foi ouvida por uma colega a uma médica doutoura para outra médica num Hospital. Que as "pretas" são umas calonas, que não limpam nada. Que se algum dia tiverem uma empresa, ou mesmo, uma mulher-a-dias nunca pode ser uma "preta": são porcas e calonas.
Um dia isto vai ser deles. "Eles" são do piorio. "Eles" vão mandar aqui.
Quatro mulheres casadas, todas mães de filhos grandes. Filhos que concordam com elas. Quatro mulheres com a mesma opinião. Quatro mulheres que um "não se pode generalizar" dito entre dentes, foi como um insulto. Ou muito me engano ou este foi o meu último cafezinho entre colegas. Não consigo. Porque não posso nem devo entrar em conflito. E para elas uma opinião contrária é entrar em conflito. Porque não consigo estar bem comigo mesma se não responder.
Porque há gente assim, "eles" um dia merecem ter a sua vingança.

08 novembro 2005

O Sorriso

Sabes, nem sempre é bom sorrir.
às vezes o sorriso revela a patetice do nosso coração.

Sabes, nem sempre é bom sorrir
Quando sorrimos as mágoas escondidas
Quando brincamos com os lábios
Quando trincamos pensamentos doridos

Sabes, nem sempre é bom sorrir
Porque esconde tantas vezes a nossa vergonha
Porque conta mentiras profundas
Porque revela faces ocultas

Sabes, nem sempre é bom sorrir
Se esse sorriso mente os nossos olhos
se esse sorriso oculta o nosso coração
Se esse sorriso só nos esconde

Mas, sabes, às vezes é preciso sorrir.
Mesmo que não sejamos nós
Mesmo que seja para esconder
a mágoa e a dor
a raiva e a impotência
a traição e a mentira
o desalento e a desilusão

Sabes quando é preciso sorrir nem sempre é bom. Mas é sempre melhor que chorar.

counting

Ou estão dar graxa ao cágado ou eu tenho mesmo cara de miúda. Hoje a idade máxima foi 26....Eu opto pela primeira opção. Que as noites mal dormidas refletem-se muito nas eternas olheiras e nos olhos de carneiro mal morto.

07 novembro 2005

Bebida e Comida

Hoje chego ao trabalho e vou ler o blog. Leio comentários alusivos a bebidas alcoolicas num determinado almoço.
Ora bem, este almoço de negócios, passou para sexta-feira passada. Ora pois que foi um "welcome lunch" muito amistoso e pago pelo Boss. Houve espaço para brindes, sobremesa m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a de chocolate. Houve massagem ao ego...o que dá sempre uma sensação de leveza no final das refeições. Daí o meu bom humor. Foi da massagem ao ego, e não do vinho tinto (poderoso) que serviu de acompanhamento ao bacalhau. Por isso é que me ri muito à tarde. Por causa da massagem ao ego. Mai nada. E depois ainda há gente que me diz que estava muito contente, muito alegre por causa do vinho. A senhora que partilha a sala comigo é que ficou de orelha no ar por me ver chegar às 15:30.....

03 novembro 2005

Estou para aqui

a trabalhar e a fazer dieta. E há alguém que só me manda guloseimas por mail. Esse alguém tem maldade, ruindade no corpo, olaré se tem.

I

Calçou os sapatos a correr e fechou a porta silenciosamente. Já era de manhã para ela, ainda não era para muita gente. A noite ainda estava presente. Para ela já era dia, sem o ser. Entrou no carro. Fez-se à estrada.

Na portagem a mesma pessoa. Nunca soube porque não tratava da via verde. Também não interessava: sempre falava com alguém. Sempre havia um bom dia e boa viagem. Parou na estação de serviço da auto-estrada. Era lá que bebia o seu café. Em jejum. Com as ideias ainda em jejum. Bom dia era uma bica. O segundo bom dia de hoje.
Para beber o café tinha que ser ali: os cafés do bairro e do emprego ainda estavam fechados àquelas horas.
Mais uma vez entra no carro e corre a estrada.

Chegou ao emprego. Um prédio de escritórios. Muitos. Entra e não vê o segurança. Mas que raio, onde se terá metido o Cândido? Não é muito normal. Espera pelo elevador. Espera. Continua à espera. No visor dos pisos mostra o número 7. Continua no 7. Há tempo de mais que está no 7. E o Cândido? Se ele aqui estivesse poderia dizer: mas que raio se passa com o elevador?
Resolve subir as escadas. É a ela que lhe cabe abrir a porta, ligar as luzes, preparar tudo para a chegada dos funcionários. Era desta que ia emagrecer. Subir até ao 10º andar iria dar para matar as calorias intrusas. Abre a porta de segurança e sobe, sobe. Vem-lhe à cabeça: Sobe a calçada, Luísa, Sobe a Calçada. Sorri. Pensa: tenho que deixar de fumar. Sorri. Pensa: Se alguém da empresa sonha que eu sei poesia tem uma coisa má. Sorri: saberá alguém lá da empresa poesia? São muito ocupados para isso. Muito gestores e doutores para isso.
Finalmente chegou ao piso dos escritórios. As luzes do piso estão acesas. Estranho. A porta do escritório fechada, mas lá dentro alguns gabinetes têm as luzes ainda, ou será já, acesas. Estranho. Faz a ronda: apaga o que tem a apagar, liga o que tem a ligar.
Senta-se no seu posto de trabalho. É mesmo à entrada, misto de telefonista/recepcionista, mas acima de tudo transparente para os gestores e doutores.
Lembra-se de ligar para o Cândido. Não atende. Estranho. Lembra-se de ir ao elevador verificar se ainda está preso no 7º piso. Confere: está preso no 7º piso.
Resolve ir lá abaixo. São poucos os lances de escadas.
As luzes estão acesas e consegue ver parte da porta do elevador: está aberta. Avariado, com certeza, avariado. Dirige-se para a porta, e à medida que vai andando sente as botas escorregarem. Mas que raio? Onde está o Cândido? Olha para a porta do elevador, o olhar descai até o chão. Afinal ali estava o Cândido. Deitado no chão, envolto numa poça de sangue e a porta do elevador a bater no ombro. Abria e fechava e batia no ombro. Pensou: mas que raio?


(continua....)

Imagens Reais ou não.....


02 novembro 2005

O Blog

fez ponte. Porque o blog também tem direito a fazer ponte.
Eu é que não. Já não consigo....velha, é o que é.
Mas fiquei feliz porque ainda não me dão 30 anos. Também se me dessem eu não os queria para nada. Ok, disseram: "no máximo para aí uns 28...."O que não é mau. Os 4 restantes ficaram guardados para os dias em que não tenho tempo para pôr base.